sexta-feira, 25 de março de 2022

Rosa do Deserto, dicas de cultivo



 A rosa do deserto vem ultimamente despertando grande interesse entre pessoas que querem iniciar no seu cultivo. Apesar do nome sugerir que seja uma planta altamente resistente, devido a sua origem, é bom lembrar que essas plantas que chegam até nós são híbridas, foram adaptadas a viver em nosso ambiente que é bastante diferente do seu habitat natural. Como consequência, as mesmas são sujeitas a vários problemas que muitas vezes levam a perda da planta se não for corretamente socorrida a tempo.

Meu primeiro contato com elas foi e novembro de de 2018 quando comprei pelo Mercado Livre dez sementes para germinar, obtive êxito em 8 sementes,  desde então venho praticando e fazendo algumas experiências com elas, e na maioria das vezes positivas, claro que nesse período perdi algumas plantas e aprendi bastante coisa sobre elas também.

Um dos principais fatos que geralmente as pessoas mais leigas ainda no assunto acham é que elas não gostam de água e quase não exigem regas,  muito pelo contrário, ela gostam de rega abundante, o que não toleram é o encharcamento do substrato, que deve proporcionar alta drenagem, para que mantenha a planta úmida sem estar encharcada o que leva ao apodrecimento de raízes, uma das causas mais comuns que levam a perda da planta. 

Precisam de Sol, se você colocar uma planta na sombra, com certeza ela pode até ficar bonita, mais não irá florir, para uma boa floração elas precisam de no mínimo umas 4 ou até mais horas de sol por dia, aqui em casa como tomam Sol nos horários mais quentes do dia eu uso sombrite 50% afim de prevenir queimaduras no caudex, principalmente se a planta passou por trabalho de levantamento do mesmo.

Uma dica do substrato que eu uso é fazer uma mistura com areia grossa lavada, carvão triturado, composto orgânico e pó de xaxim ou fibra de côco, embora fique pesado por causa da areia eu tenho obtido excelentes resultados com essa mistura, embora muitos cultivadores utilizem areia pura, o que da bom resultado também, esse processo acaba ficando muito trabalhoso porque a areia é inerte, não ajuda na proliferação de fungos e bactérias, assim como não fornece nenhum tipo de nutriente a planta, nesse caso você tem de manter um esquema de adubação frequente principalmente no verão, onde as regas são mais abundantes ou as chuvas vão lavar essa areia, levando todos os nutrientes, eu tenho aqui plantas cultivadas em areia com ótimo resultado.

Afim de não estender muito por hora, vou deixar aqui a proporção da mistura que tenho usado em meu substrato, e na próxima postagem vou falar sobre dicas de adubação.

Substrato:

1 parte de areia grossa lavada.

1 parte de composto orgânico ( um excelente é o rico em NPK vendido em supermercado aqui na cidade).

1/2 parte de carvão vegetal triturado ( não pode ser usado porque fica contaminado com sal e gordura da churrasqueira, ele pode ser quebrado com um martelo e o pó fino deve ser desprezado ) .

1/2 parte de pó de xaxim ou fibra de côco.

Muito importante, ter paciência, é uma planta de desenvolvimento lento portanto calma, preste atenção nas regas, se tem algum tipo de praga atacando sua planta, e com certeza em alguns meses já terá a recompensa de uma floração bonita.







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